Quem nunca já foi alvo de perguntas do tipo "Quando vem o bebê?" ou "Já está na hora de ter o segundo"? A romantização da maternidade e a maternidade compulsória são realidades bem latentes mas ao mesmo tempo, bem presentes no nosso cotidiano.
Já quando criança passamos a saber que o ser humano nasce, cresce, se reproduz e morre, mas não nos dizem que a reprodução é escolha e não obrigação. Mulheres crescem com a ideia da maternidade, como se isso fosse de certa forma algo que já estivesse destinado a elas em algum momento de suas vidas.
As informações que nos são passadas referente à maternidade é de uma imagem linda, tranquila e calma. A sociedade geralmente faz o papel de romantizar algo que as vezes não é tão romântico assim. Esquecem de mostrar o lado sombrio, o lado do cansaço, das noites mal dormidas, do tempo que a mulher não tem mais, dos constantes choros, das dores. A maternidade compulsória, sem o real conhecimento das consequências, traz na maioria das vezes, mulheres depressivas, que deixam de continuar os planos que tinham antes de vir o filho. A existência de um filho mal planejado pode ser até mesmo um fardo para a vida dessa mulher.
É sempre dito que a mulher tem naturalmente um "dom" de ser mãe, pois ela tem um "instinto materno", mas será mesmo que isso é verdade ou é uma afirmação falsa criada para iludir mulheres que acham a maternidade um mar de rosas? Pesquisando, não é difícil achar mulheres que dizem que nunca tiveram o desejo de ter filhos, algumas têm tanto medo de ter filhos que até são vítimas da gravidez psicólogica, que acontece quando uma mulher tem muito medo de ter filhos e seu corpo apresenta todos os sinais de uma gravidez, mas sem realmente ter um feto dentro do ventre.
Precisamos questionar o que a mídia têm mostrado e refletirmos que tudo tem dois lados, até a maternidade. É ótimo ver mulheres que realmente têm o desejo de ser mãe, mas que esse desejo seja pensado racionalmente e lembrado que também há o lado negativo e se fazer a pergunta: "Será que eu consigo dar conta do lado ruim da maternidade?"
Dessa forma, o nascimento de filhos indesejados poderia ser diminuido, e uma mulher que teria filhos somente por pressão ou por achar que é tudo sempre lindo, deixe de se tornar uma pessoa depressiva, e repense nas suas escolhas antes de colocá-las em prática.
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